Chega da cultura da escassez de espaço em disco

Ficar apagando coisas manualmente para liberar espaço é arriscado, vale a pena procurar outras alternativas.

Muitos hábitos e práticas de gerenciamento de conteúdo digital arraigados na cultura dos usuários foram desenvolvidos na época em que espaço em disco era caro e raro.

Há casos em que essas heranças ainda se justificam, ou que as alternativas permanecem caras demais, mas há tantos outros casos em que colocar um disco (ou SSD, NVME, etc.) a mais, ou contratar alguma solução na nuvem (não esqueça dos backups - eu uso e gosto do Backblaze!) está ao alcance e o usuário não percebe ou não se permite mudar.

Note que mesmo quando tem custo elevado, quando há recursos pode ser perfeitamente justificado planejar e priorizar essa expansão, pelo valor dos dados ou pela falta que fariam se perdidos – mas a pessoa continua presa à rotina de uma escassez hoje já inexistente.

Eu trabalhei por bastante tempo como administrador de rede, e já vi se repetir muitas vezes a história triste da pessoa que perdeu dados valiosos sem querer enquanto tentava "liberar espaço".

Não seja essa pessoa!

Inclusão não é favor

Inclusão não é favor.

Também não é uma concessão de exceção.

Muito menos justifica ou permite o temor de abrir um precedente.

Obrigado por ter vindo ao meu ted talk.

Não precisamos de reply guys

Não precisamos de reply guys.

Eu valorizo todo mundo que não acha que sua experiência e conhecimento habilitam a ser a pessoa cuja participação on-line se resume a ir pitacar no posicionamento alheio.

Dia após dia, reply após reply, ao achar que está complementando o insight, corrigindo um ponto, suprindo uma omissão e melhorando uma piada, ele ou ela não percebem que se aprofunda cada vez mais na cova dos chatos pedantes.

* este post não é uma indireta a ninguém que tenha interagido comigo hoje.

“Esse é um cabeça de estopa”

Tem gente que resmunga explicações pro que está fazendo, outros resmungam opiniões sobre a ação alheia.

Testemunhei o encontro de 2 deles. Um tio foi entrando na padaria e resmungando: "porque essa porcaria desse casco, que eu esqueci, agora vou ter de levar garrafa de plástico, vê se pode, casco tá pela hora da morte".

Eu estava pagando, e o dono da padoca, no caixa, digitava as coisas na maquininha do cartão e ia resmungando mais baixinho: "é um imbecil mesmo, esse é um cabeça de estopa, não esquece a cabeça porque tá grudada, depois a culpa é do comerciante."

E tem gente que observa a neurose alheia e vem fofocar no blog.

Mas é 6 ou é 9?

Aquele meme que fala que as pessoas ficam discutindo a partir dos seus pontos de vista se a figura pintada no chão é um 6 ou 9, mas UM DOS DOIS está errado, porque quem pintou sabia se era um 6 ou um 9, está errado de tantas formas.

Pra começar, quem pintou poderia querer a ambiguidade ou mesmo a indefinição. Pode ser um g. Pode nem mesmo ser um caracter.

Abaixo o reducionismo e as falsas certezas!

O piloto de caça que capturou o avião nazista que o abateu durante a Segunda Guerra

O piloto soviético T. Kuznetsov foi abatido por um caça nazista, em 1942, durante a Segunda Guerra.

Ele estava retornando à base após uma missão de reconhecimento sobre regiões da Rússia então ocupadas pelos nazistas, e foi emboscado por caças alemães. Ao ser alvejado, embora parecesse cair sem controle em uma clareira, ele fez um pouso forçado com seu Ilyushin Il-2, como o da foto.

Um dos pilotos alemães que o derrubaram pousou perto dos destroços da aeronave – cujo modelo é conhecido como "Tanque Voador" ou "Infantaria Aérea" –, para procurar por souvenirs e certificar-se de que o piloto soviético não sobrevivera à queda.

Mas ele se enganou: Kuznetsov não estava preso ao cockpit da aeronave abatida. Assim que o alemão se aproximou dos destroços, o soviético – que havia se escondido na mata próxima para aguardar a ação do inimigo – correu em direção ao seu caça Messerschmidt Me-109 e decolou, voltando para casa e deixando o alemão a pé.

Várias lições pra vida estão embutidas nessa historinha.

Ao final, o piloto soviético – que ainda teve que lidar com a dificuldade de não ter seu avião alemão abatido pelas tropas aliadas em seu caminho – recebeu a mais elevada condecoração das forças armadas de seu país.

Adiamos o outono, e vamos acabar pulando

Anualmente a minha agenda no Todoist me lembra de tirar a geladeira do Modo Verão, no início de abril.

Este ano eu já tinha adiado pro início de maio, e hoje adiei pro início de junho.

Mas tá tudo normal hein? Não há nada acontecendo.

Uma página só de lembretes de emoji e símbolos que eu vivo precisando pesquisar

Acabei de colocar no ar a página simbolos.augusto.click trazendo uma coleção de símbolos e emoji que eu sempre acabo tendo que pesquisar, e agora tenho todos em um lugar só.

Se for útil pra ti também, coloca nos favoritos! (aqui em casa ela abre quando eu aperto ⇧⌘.)

Essa página inaugura meu domínio novo, já nasce com 101 entradas, e é gerada por um script em AWK a partir de uma base de dados TSV.

h/t para o @samwho@hachyderm.io que me deu a ideia

A anti-homenagem que Adolf Hitler merecia: um estacionamento

Você sabia? O local em que o perdedor Adolf Hitler covardemente se suicidou para escapar à captura pelos vencedores e a ter que responder em vida por seus atos virou um estacionamento.

Especificamente esse espaço pavimentado logo atrás da cancela, onde nem mesmo há uma vaga para estacionar, fica em cima do porão em que ele deu fim à sua vida.

Bem como ele merece: sem placas, sem registro ao fato, sem um local para cultuar.

Vale lembrar: esta semana completamos 79 anos da data celebrizada naquela cena que virou meme do filme A Queda: o momento de desespero em que o perdedor Adolf Hitler, já refugiado debaixo da terra desde janeiro, admitiu que a guerra estava perdida ao ser informado por um de seus generais de que as forças alemãs não tinham oferecido resistência ao ataque soviético próximo à capital alemã.

Série postal brasileira homenageia as origens da computação nacional

Três momentos especiais da computação brasileira foram celebrados em uma série de selos dos Correios.

Situados entre 1961 e 1980, eles nos relembram que essa história começa bem antes da microinformática e dos clones de 8 bits!

Os homenageados na série postal de 2018 são:

  • Zezinho, ou ITA I: Foi o segundo1 computador brasileiro, criado por alunos do ITA, Poli e PUC/Rio em 1961
  • Patinho Feio: Projeto da Poli/USP em 1972
  • Cobra 530: Descendente do Patinho Feio, inaugurou em 1975 (como “G-10”) e 1980 (com o nome e formato definitivos) a indústria de TI no Brasil
 
  1.  O primeiro foi o projeto apelidado de “Lourinha”, desenvolvido na EsTE (hoje IME) a partir de 1958, concluído e apresentado em 1960.